sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O "stânder" dos Professores

Muito do disparate que se ouve por aí tem carimbo familiar, é óbvio.

A base é fraca, o salazarismo fez muito por isso. Mas são tantos, tantos, tantos disparates, que me pergunto se os "cetôres" não dão por eles!

Na escola, cabe ao Professor de Português o ensino da língua materna, a gramática, a morfologia, a sintaxe e por aí fora.

Todavia, a língua aprende-se mais por mimetismo do pai, da mãe, do professor e da professora, etc., do que pelo ensino formal do padrão oficial.

E os Professores, todos os Professores, não corrigem os disparates dos seus alunos porquê???

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McDonald’s responsável

Ontem, ao comprar hamburgueres na loja do Colombo, contei os empregados. Num conjunto de vinte a trinta rapazes e raparigas só uns cinco ou seis eram brancos. Tudo a funcionar sobre carris, uma máquina oleada. Salta à vista que McDonald’s tem uma política de indiferença rácica, o que é de louvar. Quantas empresas portuguesas, propriedade de portugueses, quero eu dizer, têm uma percentagem tão grande de empregados mais escuros do que a maioria? Sem fazer sociologia de sofá, palpita-me que a maioria das raparigas e dos rapazes que lá trabalham o farão a meio tempo e que muitos deles serão estudantes. A McDonald’s ajuda, portanto, ao desenvolvimento das qualificações dos jovens, portugueses, africanos ou de outras origens. Parabéns à McDonald’s, que demonstra uma responsabilidade social bem evidente, útil para tanta gente e um exemplo para a sociedade portuguesa. +++

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Como os caminheiros entendem!

Perguntas na ponta da unha O pé-de-chumbo vai pé ante pé? Um pé leve não mete a pata na poça? O bota-abaixo usa pezinhos de lã? Por caminhos de cabras só com pé-de-cabra? Ao pé-coxinho faz metade do chulé? Depois de trilhos de pé posto marcham pezinhos de coentrada? Mais pezadas do Eduardo Gonçalves: Com pé de atleta há melhor desempenho? Ir num pé e vir no outro cansa menos? *

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ante-estreia absoluta, Versão Beta

. Conto para Meninos O pardal de bico amarelo adorou a festa de arromba Amizades de bichos e meninos No tempo em que os animais falavam… Naquele tempo, o Pardal passou a dar boleia ao seu amigo Grilo, voando com ele às costas por toda a Arrábida. A Lagartixa também voa às costas do Pardal e é frequente voarem os três. O Pardal vai buscar a Aranha à sua teia, trá-la com muito cuidadinho, bem presa no bico. Ela produz fio de aranha com que ata a Lagartixa aos costados do Pardal e depois o Grilo escarrancha-se no pescoço dela com a cabeça virada para trás. Diz que assim fica mais confortável. Souberam de uma festa no Alentejo e toda a bicharada resolveu ir. E levar a Maria... Como levar a Maria Houve uma proposta maluca de a levar pendurada pelos cabelos, mas o Grilo Pimpão discordou de imediato, no que foi apoiado pela maioria dos animais que conhecia a Maria ou que já tinha ouvido falar dela: ... - Tu és doido ou quê?! Era o que faltava, isso era uma falta de respeito! E ela não merece. É uma pessoa humana muito atenciosa para a bicharada da Arrábida, trata-nos bem, deixa-nos brincar com os 5 Meninos de Azeitão e tu queres desgrenhá-la! Tem juízo! Havemos de encontrar uma maneira melhor. … Experimentado o cesto, um bando de gaviões, águias e cegonhas foi ao local da festa reconhecer o caminho. Queriam saber onde estavam os sítios para descanso, as melhores paragens para os xixis da Maria e locais mais fartos para comer. O Grilo Pimpão, por sua vez, foi a Azeitão combinar a data do embarque com a Maria. Foi às costas de um flamingo e acompanhado por uma comitiva de falosas, cegonhas pretas, noitibós e abelharucos. Para a ela se ir habituando à bicharada e para ver que toda a Arrábida estava em picos por andar ao lado dela pelos ares, até ao Alentejo. Maria pelos ares fora ... - Então é nesta caranguejola que vocês me querem levar? perguntou a Maria enquanto observava cuidadosamente o transporte aéreo que os animais da Arrábida lhe tinham fabricado. … Uma águia-real da guarda de honra, ao ver a Maria tem-te não cais, picou sobre ela, cravou-lhe as garras no xaile cruzado nas costas e levantou-a por instantes. Foi o suficiente para entrar no cesto sem mais dificuldades. Ela então compôs a roupa e observou de perto o grande casulo descapotável que cheirava a trapos e a seda. Viu e apalpou o assento, onde se sentou. Não percebeu para que serviam duas tiras muito vem revestidas de penas vermelhas que ladeavam o assento. Foi o Grilo Pimpão, entretanto já no parapeito do cesto, a informar num cri-cri cúmplice: ... - Já reparou que também lhe fizemos cintos de segurança?! Um monte no Alentejo ... o Pardal de Bico Amarelo saltou para um ramo da trepadeira e reparou então no vasto terreiro à sua frente, limpinho, nem uma folha, nem um caco, nem sequer um carro. Olá! Aposto que é aqui a festa, isto cheira a sala de petiscos, pensou, a aguar. … E lá foram, viram todos os quartos, as salas, e já iam a sair quando a Lagartixa Gervásia desabafou que tinha tanta pena de não ter uma lareira, sempre lhe aquecia um pouco o sangue! Para desanuviar, o Francisco foi mostrar aos seus amigos animais a parte do olival onde todos os humanos iam de romaria. Levou ao colo os dois primos mais pequenos, meteu a lagartixa e o grilo no bolso, pôs o pardal num ombro e desatou a correr terreiro abaixo até ao poço. … Os bichos da Arrábida foram desandando e daí a pouco só lá ficaram o pardal, lagartixa e o grilo. Nisto chega a Quinas, acordada da sua sesta e acordada com os azeites: ... - Bonito serviço... Esta bicharada está doida ou quê! Que é que ficou aqui a fazer este cavanejo tão grande!? Maria! Maria!!! Pelos vistos isto é negócio teu… Nem pensar, não quero este trambolho aqui, toca a tirar isto daqui! Já, já, já! Rápido, isto não é parque de estacionamento! Tudo lá para trás… Festa de arromba Fez-se noite, as mesas todas ocupadas e só se ouvia um barulho macio, constante, um remoer permanente. O Grilo Pimpão, que tinha pedido para o porem em cima do parapeito de uma janela, para ver como se comportavam os seus amigos da Arrábida, percebeu logo tudo. Os humanos mastigavam, os pássaros depenicavam, os insectos, trincavam, as larvas roíam e todos bebiam. Os açorianos matavam saudades dos caldos e das açordas, das cabeças de borrego, das costeletas bem assadas e do vinho do Alentejo, fartos do vinho de cheiro… Os belgas, enjoados das comidas de aviário e de vinho de beterraba, deliciavam-se com sopas e ensopados, cilarcas e túbaros, tudo bem regado até os olhos de alguns piscarem como pirilampos… … ... - Oh compadre Bigodes, isso nem parece seu! Olhe lá, vai uma apostinha!? Se vossemecê enjoar no nosso cesto oferecemos-lhe uma semana na Arrábida, para recuperar. Com pensão completa. Aquilo é de uma suavidade… pergunte à Maria de Azeitão, sabe quem é? ... - Então não havia de saber, aquela também! Andar num cavanejo… .. - Olhe que está enganado! Se o compadre experimentar vai gostar. ... - Está apostado, mas deixa-te lá de cesto! Qual cesto! Nem cesto nem meio cesto, aquilo é um cavanejo. Lá porque não tem pegas não deixa de ser um cavanejo. Nem me fales mais em cesto, isso é que me enjoa… ... - Pronto, amigo, “atão” fica cavanejo, “tá beim”, e se “enjoári” passa uma semana connosco, tudo por conta da Arrábida! gozou o Grilo Pimpão, feito malandreco, a imitar o sotaque do seu novo compadre. Entretanto começaram as cantorias. Cantes à alentejana e cantigas à desgarrada. O Bigodes enterrou o boné na cabeça para se inspirar melhor e respondeu provocante: ..... Cala-te aí oh Pimpão, ..... Tens voz de cana rachada! ..... És um escaravelho em acção, ..... A boca cheia de nada... … Lá para as tantas, o Grilo Pimpão deu por si de pernas para o ar, abriu um olho, estremunhado, mas não conseguiu ver nada. Ouviu um ronrom contínuo, uma roncaria. Reparou depois que era o ressonar da bicharada, bichos de tantas espécies, tamanhos e feitios a ressonar como trovões. Rodou um pouco, mas desandou, ficando com os queixos num copo deitado. Sem forças para se aguentar nas canelas, caiu de borco e foi assim que o encontraram de manhãzinha, todo descomposto, uma perna para cada lado e asas à banda. Voltinhas no cavanejo A segunda passageira a experimentar o cavanejo aéreo foi a açoriana de Évora. Tão habituada a andar de avião que nem ligou ao saco das ofertas para os primos. Num balouço maior caiu um ananás de S. Miguel em cima de um carro. Ofendido, o dono fez manguitos para cima, arengando sobre a propriedade privada, a ministra da educação, a crise e a falta de respeito que por aí anda. Ao voltar, agarrou-a pelo gasganete e chamou-lhe desastrada, meu rico carrinho, uma alentejana com sotaque de queijo da ilha é no que dá… Os gaviões não apreciaram estes modos e, amantes da cortesia, agarraram-no num ápice, meteram-no no cavanejo aéreo, que subiu rapidamente com ele a esbracejar, furibundo. Só acalmou quando, lá de cima, viu a tapada e a imaginou rodeada de moradias, heliporto, campos de golfe, spa, marina e um posto da GNR. No regresso ao monte, os seus olhos brilhavam de emoção, fez uma festa no gavião da frente e agradeceu à sua maneira: ... - Ah, gaviões dum cabrão… Fim de festa azarado Carregaram a Lagartixa Gervásia para cima das cilarcas e logo que o Grilo Pimpão se empoleirou no seu cantinho preferido do peitoril, os gaviões agarraram as cordas, puxaram-nas… e o cavanejo não se mexeu um milímetro. Que será, que não será, e os gaviões experimentam outra ver levantá-lo, batendo agoara as asas com mais força. Sem resultado, as cordas ficaram muito esticadas mas a carga não saía do chão. Surpreendidos, tiram a camada de cima das cilarcas e experimentaram outra vez, novamente sem sucesso. O Avô e a Maria foram ajudar e, mal se inclinaram para o cavanejo, viram uma camada de garrafas de vinho. ...- Ah malandros… … Mal se apanharam a dois metros de altura ficaram a pairar no ar, um gavião entrou no cavanejo, esgravatou nas cilarcas e tirou lá do fundo uma garrafa de litro e meio de espumoso da Bairrada. Agarrou-a pelo gargalo com as duas patas e voou com ela a bandear-se sobre o Avô e a Maria, pasmados com tal atrevimento, até ouvirem o coro de gaviões a cantar: ..... Oh Avô do vozeirão, ..... Desculpe qualquer coisinha, ..... Foi coisa de gavião, ..... No fim da festa rainha. ..... Era tinto p’ra recordar, ..... A Maria no coração, ..... E os noventa celebrar. ..... Adeus e até Azeitão. *

O regresso das companhias majestáticas

Noticia o último Expresso que as concessionárias de auto-estradas "vão poder aplicar coimas"... Adeus soberania, é um primeiro sinal! Aos poucos vamos ter os privados a tomar conta da "populaça". Agora nas auto-estradas, depois nos centros comerciais e, muito de mansinho, sorrateiramente, por razões de Estado, ou seja "pragmatismo" de certos "homens" de Estado, qualquer dia os seguranças privados dos estádios dão voz de prisão e metem os arruaceiros na gaiola. Com eficácia e sem padrões soberanos de defesa da cidadania e dos direitos legítimos dos Cidadãos. Os juízes majestáticos demorarão mais tempo, mas não estamos livres se o caminho que agora se desenha para as auto-estradas for por diante. ----

Expresso caguinchas

O Expresso identifica o Presidente da República de Portugal por Cavaco e Cavaco Silva. Correcto. O mesmo jornal menciona o Primeiro-Ministro de Portugal pelo seu nome. Faz bem. Na edição de Sábado referiu um cardeal católico como D. Saraiva Martins. É subserviente para com essa organização confessional, seguidista por lhes beber o guião reverencial. Ou será simplesmente caguinchas, incapaz de um berro de Ipiranga da tutela ideológia de uma seita que faz o contrário do que papagueia [igualdade entre os homens]? --

Queda na banheira

Disfarce de crime e tolerância cobarde:

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Prova Régia. Prove

Este Bucelas de 2007 com 13º é um belo vinho. Mostra a casta Arinto através de uma agradável, suave e persistente acidez. Não encontrei quaisquer "notas de ananás, maracuja e papaia", modernices da propaganda vínica... E não tem um fim de boca macio... e ainda bem. Desaconselho o fundamentalismo do produtor O contra-rótulo aconselha que se beba com peixe, marisco e vegetais. Vegetais, dizem eles! Vegetais? Rabanetes, querem ver? Rabanetes com Prova Régia!!! Recomendo Um bom vinho bebe-se com o que gostamos, carne, peixe e marisco, cilarcas, enchidos e queijo, sem esquecer os passarinhos fritos, tordos estufados, posta arouquesa ou a alcatra da Terceira... Um bom vinho é vinho branco ou vinho tinto. Dentre outros... E este Prova Régia merece que se lhe dediquem todas as obras-primas que agradem ao apreciador. ++

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Uma chapelada a Belmiro

Acabei de ouvir Belmiro de Azevedo a expor a "crise" às escâncaras: - Falta de líderes políticos; - Falta de líderes empresariais; - Falta de líderes sindicais. Uma crise de liderança, portanto. O homem fala pouco e, quando o faz, o país escuta-o: uma lição de liderança. +++

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O ordenado do Governador

Depois de muito ler sobre o que ganharia ou não ganharia o Governador do Banco de Portugal perguntei-lhe quanto ganha. E recebi a resposta: Caro Senhor, As remunerações anuais atribuídas aos membros do Conselho de Administraçãodo Banco de Portugal são publicadas no site na Internet, na seguinte página http://www.bportugal.pt/bank/organiz/admin/info_p.htm Com os nossos cumprimentos, Banco de Portugal Para vos facilitar a vida aqui fica o extracto da net: Remunerações (€) ..2007 ..........2006 Governador ........249.447,8 ....249.447,8 Lá consta que a retribuição não pode integrar qualquer componente variável. Não me responderam à pergunta sobre os benefícios do Fundo de Pensões do Banco de Portugal para o seu Conselho de Administração. +

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Terras do Xisto

http://www.aldeiasdoxisto.pt/

Meus amigos, estive lá este fds e gostei.

Gostei do grupo de pessoas do Casal de São Simão (Figueiró dos Vinhos) que desbravaram caminhos de pé-posto e estão a pôr de pé a revitalização de aldeias abandonadas pelo homem e conquistadas pelo mato. Trataram-nos nas palminhas, simpáticos e acolhedores. Gostei das caminhadas por trilhos bem sinalizados e com variedade de pisos, escorregadelas e paisagens. E dos efeitos cicatrizantes da Celidónia:

Gostei do presunto, do pão e da pinga que nos receberam no sábado, depois de uns quilómetros a subir barrocas. Gostei das fotografias expostas na Loja de S. Simão e feitas pelas pessoas das aldeias: Realismo captado com olho vivo. Gostei dos fotógrafos e especialmente das fotógrafas que vou albunizar:

Gostei da amabilidade para a gringuita e das cavalitas que o Eduardo lhe ofereceu:

Gostei de "comer qualquer coisa" no restaurante da barragem do Cabril e da companhia dos outros comensais. Apreciei o bucho, a que dedicarei mais atenção em próxima "edição", prometo. Gostei do planeamento e comunicação logísticos da Fernanda e da boleia do Miguel, que conduz com segurança. Gostei da Residencial Malhoa, com quarto individual limpo e com cb, por 20 euros; e dos donos simpáticos. Gostarei de voltar.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Educação - Temos homem

Durante anos ouvi políticos de vários sectores alegarem que não negociavam sob pressão, isto é, quando havia greve ou ameaça dela. Na Educação e nos últimos tempos é um regabofe: os sindicatos abandonam reuniões e as negociações continuam, fazem greves e as negociações continuam… O falso-professor Nogueira, como o “emplastro” do Porto, corre de dedo em riste, mal vê uma câmara de televisão, a atirar pedras à 5 de Outubro. Executa a estratégia de agitação social do PC, pago com o dinheiro dos outros portugueses! Mas finalmente alguém lhe fez frente. Jorge Pedreira, Secretário de Estado, afirmou hoje que a lei é para cumprir e que o apelo ao seu desrespeito é de «uma enorme irresponsabilidade» [http://noticias.portugalmail.pt/artigo/20090209/jorge-pedreira-critica-eventual-recurso-a-tribunais-por-parte-da-fenprof] É tal a irresponsabilidade que os sindicatos e os sindicalistas têm de responder pela incitação à desobediência civil. Que é sancionável e algum dia há-de acabar o PREC na Educação. Quando os sindicalistas e os sindicatos pagarem por tal incitação. ++

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Marcelo 1 - Escolhas 0 [Zero]

Marcelo desancou a chefe do seu partido no seu pedestal dominical. Foi sensato, fez-se eco do sentir de tanta gente comum: a senhora não acerta uma, nem acerta no coração dos seus próprios correligionários! Hoje, presumo que por pressões do aparelho do PSD, veio branquear as suas anteriores afirmações. Tirou a farpa que deixara Ferreira Leite em carne viva, limpou-a às calças, deu-lhe um beijinho cristão e meteu-a no bolso jurando agora que ela é a pessoa certa para o partido. A escolha de Marcelo foi clara: meteu o rabinho entre as pernas com coragem, inteligência, determinação e visão estratégica. ---

Quem cala o chefe do SIS?

O chefe do SIS - Serviço de Informações de Segurança - veio à praça pública dizer que não se tinham feito escutas telefónicas aos procuradores que têm o Freeport em mãos. Oh senhor SIS, o SIS não é uma entidade discreta, com acções e procedimentos secretos ou, pelo menos, discretos? Então porque vem o senhor dizer ou desmentir o que faz ou deixa de fazer o seu estaminé? Amanhã, quando eu for investigado pelo SIS por tráfego de influências ou tráfico de vitaminas para a Suiça ou Ilhas Caimão, também faz um comunicado a dizer que estou acima de qualquer suspeita? Caro senhor, investigue, investigue tudo e todos, os poderosos, os ricos e os falsos-pobres, os árbitros e os políticos, os juízes e os procuradores, os decisores e os indecisos, figuras públicas e tristes figuras, mas cale-se! Cale-se, senhor SIS, cale-se porque a sua missão só cala fundo no coração dos portugueses se o senhor estiver calado. --

Jornalismo requentado

O Diário de Notícias escrevia ontem que "Liceus terão 864 milhões para obras este ano". No texto refere que essas obras serão realizadas em escolas. Porquê então o título com liceus? Não há liceus em Portugal há décadas! O jornalista, o editor, o director, não deram por essa mudança? Estão a matar saudades ou simplesmente a ser "queques"!? --

Diário de Notícias salazarista

Na sua edição de ontem o DN titulava "Populares travam fuga a ladrão de três lampreias". Contava depois a história, ocorrida em Viana do Castelo. O salazarismo, na seu bem estruturado condicionamento dos portugueses, criou uma tipologia de termos que menorizavam o Cidadão comum em benefício do que considerava a parte respeitável da sociedade, os chefes, os "senhores", os ricos, os quadros profissionais, os de nomes sonantes... Tratar alguém por popular não é, não pode, nem deve ser encarado como forma neutra de falar seja de quem for. O termo foi banalizado na referenciação de pessoas simples, anónimas, de bairros “suburbanos”, mas indicia também trabalhador indiferenciado, domésticas e analfabetos. O seu uso roça a técnica salazarista, obtusa e elitista, de considerar pessoas comuns como escumalha, gentalha, pobrezinhos e coitadinhos, vadios, pacóvios ou aldeões e simplórios, meliantes, pilha-galinhas... e traduz sempre desdém. E é tão claro o significado de Cidadão! ---

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A obra de Alegre

"A sua vida e o seu passado", disse Ana Drago, gabando Alegre, passando-lhe a mão pelo pêlo. Pena não ter falado em vida e obra...
A vida de deputado, sempre deputado, a vice-presidência da AR e suas doces mordomias. Tão doces que não as larga, certamente por dedicação ao serviço público.
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E obra, qual obra? Obra poética!!!
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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Transparência incomodaria gatunos

Orçamentos de Angola e São Tomé entre os menos transparentes do mundo http://aeiou.expresso.pt/orcamentos_de_angola_e_sao_tome_entre_os_menos_transparentes_do_mundo=f495613 No relatório sobre Angola, "Permanece limitado o acesso às informações orçamentais (...) particularmente informações sobre receitas do petróleo, que são uma parte significativa do orçamento de Angola", destaca o relatório... Relativamente a São Tomé e Príncipe, a falta de transparência é maior, uma vez que o proposta não é disponibilizada à população antes da aprovação no parlamento, não é publicado um relatório final do ano fiscal e o Governo não torna público o relatório de auditoria, nem fornece informação sobre se as recomendações deste documento foram aplicadas com êxito. A Sonangol faz de Tesouro do Estado angolano e distribui milhões para conquistar fidelidades e comprar silêncios. Em STP o petróleo está a chegar... ---

PSD preocupado

"O PSD tem muito mais razões para estar preocupado" Quem o diz é Ricardo Costa, director-adjunto do Expresso, sobre os resultados da sondagem do Expresso/SIC/Rádio Renascença (23:23 Quinta-feira, 5 de Fev de 2009 ) Não sei! Com o Santana à beira de campanha para Lisboa, as coisas vão animar. E o Zé Povinho a divertir-se! -

80 % menos armas nucleares

Obama propõe que os EUA e a Rússia reduzam os seus arsenais nucleares em 80%. É bom... para começar. Muito o mundo ganhará se este espírito chegar à China, à Índia, ao Paquistão, a França e ao Reino Unido. E os sionistas? Uma população de meia dúzia de milhões de pessoas, chefiada por uma clique assassina e com tanto poder destruidor, é uma ameçaça grave para uma boa parte do planeta. Até quando? Só as bombas nucleares Norte-Coreanas e Iranianas são perigosas!? As chefias destes países são do calibre da de Telaviv: cegas pela ideologia, embora à sionista chamem Terra prometida. +++.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Gostei dela

A Procuradora Francisca Van Dunen apareceu ontem na televisão numa reportagem em que outras três procuradoras também foram estrelas. Gostei dela. Sóbria, de cara lavada, e a falar de pretos sem tiques de "afro-portuguesa". ++

A Procuradora Morgado não paga transportes

Vi, na televisão, a Procuradora Maria José Morgado mostar o passe social que o Estado lhe dá, segundo disse. Compreendo que o Estado dê passes sociais a contínuos, estafetas e a profissionais com baixos salários. Mas porquê dar passes a sociais a magistrados que ganham bem!? Fazendo isto não gere dinheiros públicos, cria injustiça social. Os Professores têm passe social pago pelo Estado? Os Médicos dos Centros de Saúde têm passe social pago pelo Estado? Os Guias do Museu Nacional de Arte Antiga têm passe social pago pelo Estado? Os Bibliotecários do Município de Guimarães têm passe social pago pelo Estado? Os Arquivistas do Município de Torres Vedras têm passe social pago pelo Estado? Os Homens da recolha do lixo de todo o Portugal têm passe social pago pelo Estado? ---

Ascenção da ditadura "islâmica". Falta a queda

10 de Fevereiro de 1979 Faz nesse dia 30 anos que um assassino sem alma, Ruhollah Khomeini, voltou ao Irão, onde, com uma anacrónica corte de seguidores "religiosos", instaura uma ditadura "islâmica". Assassinou milhares e milhares de pessoas com os mais diversos pretextos, sempre sob a capa do Corão. Uma razia na teocracia instalada seria uma boa notícia. E a liberdade dum povo tão antigo uma festa. -----