terça-feira, 20 de março de 2018

Preservativos alcoólicos



É absolutamente natural que junto a garrafas de vinho estejam à venda rolhas. mesmo que de plástico como estas.


Há um saca-rolhas meio  avariado ou um desastrado apreciador e zás, lá se vai a rolha original, partida, esfrangalhada, em fanicos. E a pinga não pode ficar a envinagrar. Impõe-se uma alternativa. Daí a lembrança aos compradores. Bem pensado, é de vendedor inspirado.

E também se compreende que junto a Vinho da Madeira os mesmos compradores sejam alertados para a vantagem de não o beberem sem mastigáveis. Por isso os aperitivos têm direito a destaque na respetiva prateleira.

A bem dizer, é um serviço público em nome da saúde pública. Quem é que precisa do  estômago aziado mesmo só com um calicezito!? Aprovado, portanto.


Por maioria de razão, se enaltece a ideia da sugerir a quem compra tinto de Pias que também leve copos de plástico. Afinal sabe-se se lá se não é para uma festarola no campo, quiçá à sombra de uma azinheira. Quantas vezes os copos de vidro ficam esquecidos em casa, mesmo naquela mesinha junto à porta...

E ninguém vai mamar na torneira da embalagem. Parece mal, além de contrariar as boas práticas de higiene. Lá está, a judiciosa saúde pública.



Tudo certo na promoção destes artigos. São coisas em conta e quem vai à loja nem sempre leva lista com tudo de que precisa.

Mas promover preservativos junto a uísque!? Qual a associação entre tal protetor e esta bebida tão alcoólica? De onde veio tal ideia?

Será que a chefe de vendas tem um fetiche com os puro malte 12 anos?

Estará a encarregada da secção Bebidas Finas, noviça na teoria do caos, convicta de que a transfiguração tântrica é catalisada pelo azul celeste dos selos das tampas das garrafas?

Ou mais simplesmente, pensará o gerente da loja que a morenaça do 9º esquerdo lhe abre o coração depois de acalmar as palpitações com uns uiscosos goles de 40 alcoólicos graus!?

1 comentário:

Formigarras disse...

PROTESTO
Protesto por ter escrito aziado e o blogger ter revisto em baixa para adiado.
Aziado, de azia, caraças!
Nada adiado; foi lá plantado a tempo e horas.