segunda-feira, 29 de junho de 2009

Piratas somalis e Partidos piratas

Os piratas somalis assaltam navios, sequestram tripulações que libertam a troco de resgates milionários e também assassinam membros indefesos de tripulações de navios mercantes.
A Europa e a União Europeia e Portugal, com fragatas, torpedeiros e fuzileiros, submarinos, porta-aviões e cruzadores, contratorpedeiros, helicópteros e aviões de descolagem vertical são um sapo naval. Localizam piratas somalis, abordam as suas barcaças e, às vezes, apreendem-lhes as armas. Não sei se lhes pedem desculpa pelo incómodo!
O facto é que estes criminosos, ladrões e assassinos do mar, não são combatidos, não são metidos a pique e raramente são abatidos. Por irresponsabilidade dos políticos.

Na Suécia surgiu uma outra estirpe de piratas: os partidos piratas.

Legalmente constituídos, estes partidos defendem o acesso gratuito aos bens culturais na net, como música e livros. Propõem ainda a sua partilha sem restrições, ao contrário do que agora acontece, em que tais práticas são criminalizadas. Nas últimas eleições europeias o Partido Pirata sueco já conseguiu introduzir um pirata no Parlamento Europeu.

Se esta linha for alimentada pelos lucros demenciais de muitas empresas, grupos e indivíduos, adeus direitos de autor! Isto é, a inovação cairá. O que é um aviso à ganância de muitos produtores. Vendem a preços leoninos, muito longe do custo real e da remuneração legítima da criatividade e do investimento. A regulação é uma necessidade imediata, pois sem ela e sem abaixamento de preços os partidos piratas têm legitimados os seus argumentos.

O mercado não pode ser rei, dono e senhor.

Se a Europa continuar entorpecida, não inibindo a ganância desmedida, os novos piratas, sem espingardas de assalto Kalashnikov nem lança-granadas RPG7, farão o mesmo que os piratas somalis: travarão o comércio internacional e o desenvolvimento económico.
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