domingo, 26 de julho de 2009

Amuos ou erosão da Judiciária

O Expresso de ontem noticia algum afastamento da Polícia Judiciária, pelo Ministério Público, que tem chamado a PSP e a GNR para investigação de crimes violentos. Diz que na operação Furacão a PJ se terá recusado a fazer buscas em que os peritos das finanças assumiam a liderança. E andam por aí documentos anónimos a defender a dama... São sinais dos tempos, de um tempo em que quer a PSP quer a GNR já não são constituídas por rústicos comandadas por barrigudos. Estas polícias têm oficiais e operacionais com formação específica, que estudam e treinam com parceiros lá de fora, e têm dado mostras de boa capacidade em matérias sensíveis.
.
Por outro lado, o debate sobre a fusão de polícias deixará a PJ em suspenso sobre o seu futuro. Lembremo-nos que, quando desapareceu a menina inglesa na Praia da Luz, os polícias ingleses que ajudaram nas investigações eram do sector criminal da polícia londrina e não de uma qualquer PJ britânica autónoma. Lá não há a pulverização de instituições policiais que nós temos e não é por isso que se deixam de fazer averiguações. E isso a PJ sabe!
A PJ cresceu muito e a criminalidade ainda mais. Demais. À falta de resultados, bem pode estar a precisar de uma grande volta, até mesmo a integração numa única Polícia Republicana.
O tempo dirá se estes gestos desabridos da PJ são simples ciúmes pura indisciplina, táctica de se pôr em bicos de pé para mostrar que existe ou um início de dissolução.
---

Sem comentários: