Faça Você mesmo!
Nesta época, os supermercados metem-nos debaixo do nariz nova arrumação de prateleiras, aliciando-nos com prendas e chocolates, vinhos e uíques, embrulhos e fitinhas.
Porém, a maioria são artigos importados, incluindo muitos com o código de barras 560 (Made in Portugal), a que a ASAE fecha os olhos.
Entretanto, muitos agentes económicos têm-se empoleirado nas televisões, nos últimos tempos, a bradar contra o flagelo do IVA a 23% que vai estrangular o consumo interno.
E temos ouvido e lido regularmente algo sobre medidas de incentivo à criação de emprego, idem para o emprego jovem e ainda mais idem para os jovens licenciados. Até parecem querer dizer: – Agora é que vai...
Porém, fascinados pelo chocolate belga e suiço, pelo maltes escoceses e champanhes franceses, muito do dinheiro que gastamos em prendas e guloseimas de natal vai direitinho lá para fora. E assim os portugueses participam na sustentação do setor manufatureiro desses países e correspondente emprego.
Então toda esta conversa é para, com um nacionalismo ferrenho, fecharmos as portas a produtos estrangeiros!?
Por isso mesmo, este ano, em função da redução de rendimento provocada pelo trio Sócrates, Cavaco e Passos, fiz cortes substanciais nas ofertas natalícias.
Decidi, porém, adquirir produtos portugueses, contribuindo assim, com essa minha pequena gota de água, para estimular a economia nacional, protegendo o emprego de concidadãos. Comprovam-no os chocolates ali de cima.
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