quinta-feira, 26 de setembro de 2013

10 estratégias de manipulação mediática


Tão evidentes no dia-a-dia do Passos & Compadres que é inevitável a devida vénia ao autor

Noam Chomsky

Foram feitos pequenos ajustamento no texto original.
 




1. A estratégia da distração
O elemento primordial do controlo social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas.

A técnica é a do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações sem importância.

2. Criar problemas e depois oferecer soluções
Este método também é chamado: “problema >>> reação >>> solução”.

Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este apele a medidas que se deseja fazer aceitar.

Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público exija mais segurança, em prejuízo da liberdade.

3. A estratégia da gradualidade
Para fazer que se aceite uma medida inadmissível, basta a aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, num prazo alargado.

Dessa forma, as novas condições impostas, as mudanças radicais são aceites sem provocar revoltas.

4. A estratégia do adiamento
Outra maneira de provocar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.

É mais fácil aceitar um sacrifício futuro que um sacrifício imediato.
Primeiro, porque o esforço não é imediato.
Segundo, porque a massa, ingenuamente, crê que “amanhã tudo irá melhor” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado.

Isto dá mais tempo ao cidadão para se acostumar à ideia da mudança e de a aceitar com resignação quando chegar o momento.

5. Dirigir-se ao público como a criaturas de pouca idade
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entoações particularmente infantis, muitas vezes a roçar a debilidade, como se o espectador fosse uma criança ou um deficiente mental.

Quanto mais se tente procurar enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantil.

Porquê?
“Porque dirigir-se a uma pessoa como se tivesse 12 anos ou menos, tenderá, por sugestão, a provocar respostas ou reações mais infantis e desprovidas de sentido crítico”.

6. Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para curto-circuitar a análise racional, e neutralizar o sentido crítico dos indivíduos.

Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou  induzir determinados comportamentos.

7. Manter o povo na ignorância e na mediocridade
Fazer com que o público seja incapaz de compreender a tecnologia e métodos utilizados para seu controlo e  escravidão.

“A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores  deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância entre estas e as classes altas  permaneça inalterada no tempo e seja impossível alcançar uma autêntica igualdade de oportunidades para todos.”

8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Fazer crer ao povo que está na moda a vulgaridade, a incultura, o ser mal falado ou admirar personagens sem talento ou mérito algum, o desprezo pelo intelectual, o exagero do culto ao corpo e a desvalorização do espírito de sacrifício e do esforço pessoal.

9. Reforçar o sentimento de culpa pessoal
Fazer crer ao individuo que ele é o  único culpado de sua própria desgraça, por insuficiência de inteligência, de capacidade, de preparação ou de esforço.

Assim, em lugar de se revoltar contra o sistema económico e social, o indivíduo desvaloriza-se, culpa-se, gerando em si um estado depressivo, que inibe a sua capacidade de reagir.

10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
Nos últimos 50 anos, os avanços da ciência geraram uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles utilizados pelas elites dominantes.

Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o Sistema tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica.

O Sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele se conhece.


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