quinta-feira, 22 de maio de 2014

Guiné-Bissau: golpistas, corridos ou abençoadas?

 
 
Em 12 de Abril de 2012, imediatamente antes da segunda volta das eleições presidenciais, os truculentos militares fizeram mais um golpe e o território entrou em regime de "transição.

Depois de muitos assassínios e agressões por "homens fardados", as eleições presidenciais do passado domingo foram dadas como minimamente "livres e justas".

Alguns países empenharam-se e financiaram estas e as anteriores legislativas. Veremos se recebem o retorno esperado: paz na Guiné-Bissau.

Para apurar o impacto imediato destas eleições há que estar atento aos próximos passos dos eleitos. E tudo se resume à atitude do agora eleito presidente, José Mário Vaz, e do PAIGC, vendedor das eleições legislativas de Abril, perante os chefes da tropa golpista.

Estabilizada a turbulência eleitoral, normal em qualquer país, terão de ser tomadas decisões, a mais importante das quais é a da tutela dos militares.

Não são muitos os cenários; apenas dois. Os legítimos representantes dos guineenses:
 – pactuam com os golpistas, mantendo-nos nos lugares usurpados ou
 – os demitem imediatamente, substituindo-os por oficiais impolutos nunca envolvidos em golpes.

E se, dentro de semanas, António Indjai e seus sequazes não tiverem sido removidos dos cargos que alcançaram a poder de Kalasnikhov, tudo fica claro: a Guiné-Bissau tem um futuro muito escuro!
 
E os amigos dos guineenses sentirão a frustração da inutilidade dos apoios logísticos a mais este balão de esperança na reintegração guineense na comunidade dos países civilizados.

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