quarta-feira, 6 de maio de 2009

Da maizena à caldeirada

Manuel Pinho inaugurou um novo ciclo político em Portugal ao dizer que Paulo Rangel tinha de comer Maizena.

Para além de ter feito publicidade a uma marca comercial, impróprio num Ministro da Economia, pode ter gerado efeitos multiplicadores na classe política. Com o despique na via gastronómica é de crer que os debates sejam suculentos.

Vejamos. Não fora Rangel tão comedido e logo teria replicado que Pinho tem é falta de posta mirandesa, o que lhe daria mais garra para agarrar investimentos.

Ao parlamentar dos palavrões Gama recomendará chá de gengibre em vez de Borba taninoso e Isaltino há-de gabar-se de ter uma saúde de ferro porque não se farta de alheiras suíças.

Já o Ministro da Cultura será incentivado a tratar-se com mais hidratos de carbono, o que o tornará mais encorpado, visível.

Lino acusará Rui Rio de trinca-espinhas político e recomendar-lhe-á rancho à moda da invicta .

O troco não se fará esperar: ele que coma suchi bem cru para não estrugir o OE com as SCUT.

Sócrates, metido numa rica caldeirada, dirá que a líder da oposição precisa de sopa de cação, o que a tornaria menos ácida com o TGV.

Leite retorquirá que se ele não abusar do grão-de-bico terá menos gás para obras faraónicas.

Eanes, ascético, pensará: “Não há estômago para tanta boca!”

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