quinta-feira, 3 de maio de 2012

Legitimidade que mata

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Afinal o “comando militar” do mais recente golpe contra as instituições legítimas da Guiné-Bissau é o próprio Estado-Maior! E o respetivo cabecilha é o seu chefe em pessoa. Foi uma pinochetada, portanto!
O dito chefe recusou, perante a CEDEAO, repor a ordem constitucional, preferindo submeter o país a sanções internacionais. Impunemente.
Esta coisa da legitimidade é tão, tão, tão elástica que os militares com quem negociou, na Gâmbia, têm autoridade para deslocar um contingente para Bissau e não se sentiram legitimados para o manter sob custódia.
Prender o cabecilha seria um serviço prestado à Guiné. O direito internacional, apesar da sua enorme fragilidade, trataria do resto.
Em vez disso a comunidade internacional irá repatriar os corpos dos que morrerem para defender o país que o amotinado tem afundado.

E lá ficam o golpista-mor e os seus comparsas a cantar de galo enquanto muitas famílias chorarão os seus mortos.

Tudo em nome da legitimidade!!!

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