segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Eh pá, tanta Canon!

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Fui à coca de apresentação de livro e saiu-me uma vernissage com menina de nome badalado e algibeira familiar recheada.

Vestido claro de bainha em ondas surf reviradas para dentro, 11,5 centímetros acima do bordo superior das rótulas. Enroscado no próprio vestido, um colar de bolinhas bordeando o decote, assim estilo tâmaras enroladas em tirinhas de presunto pata negra, mas do mesmo tecido. A condizer com a sua postura de passrelle, de leveza afectuosa e afetada.

Fotógrafos contei nove, incluindo raparigas a despontar para este mundo macho, artilhados com objetivas de alto lá com elas, desde bazucas de quase meio metro a gulosas olho de peixe.

Pais, avós e primos ombrearam com coleguinhas das filmagens, mais as tias, manas, diretores e editores. E esta feliz comunidade usou o esgar 33WP25-01JY ao enfrentar o looonnngo clarão de flash e debitou confidências dignas de contra-capa a incansáveis jovens repórteres logo hieroglifadas em registo discreto.

Uma sóbria apresentadora fez-se entrevistadora, talvez por não ter lido o livrinho, mas gabou-o e repetiu o apelo à sua compra: lê-se que nem ginjas!

Só fiquei com pena de não ter colhido a imagem do momento alto. Aquelas nove almas em bicos de pé, esticadíssimos, acotovelando-se para tocar o nariz da nóvel novelista com as super lentes no solene início da coisa… dava cá uma chapa!


Por outro lado, com o total domínio das Canon, entrasse aqui a minha prestável Pentax e seria olhada com desdém. Os profissionais do ramo nem lhe dedicariam um milionésimo da bateria com que arrecadaram o fashion besunto das pálpebras da autora ou o subtil empoado das bochechas.

!!!

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