sábado, 27 de agosto de 2011

Darwin – 1 de Agosto


Começámos a travessia da Austrália em Darwin, depois da viagem de avião desde Melburne, de que só lembro os sete dólares australianos por uma garrafa de 375 mililitros de vinho tinto da mesma origem.

Estava o grupo a ouvir o guia, frente à pousada de backpackers onde ficámos, quando surgem raparigas em grande estilo. Raparigas e mulheres feitas, bem vestidas, engalanadas com chapéus hortofrutícolas, imitando a moda de Ascot, os besuntos faciais a condizer e, claro, de saltos altos. Olá, aqui há coisa, que é que se passa!?


Tínhamos começado em grande, com a cidade em festa pelo seu dia de corridas de cavalos e a rua cheia de gente, os pub a abarrotar e alguns com bicha à porta. Também os homens, embora menos enfeitados, mostravam roupa domingueira, muitos só de camisa branca, algumas gravatas e até um chapéu de coco encarnado. Com cerveja a rodos, reina a boa disposição e a malta bem bebida mete-se com os passantes, com cumprimentos de palma com palma de mão e gestos semelhantes.

Depois do jantar, fomos beber uma cerveja e tivemos o ponto alto da noite. Um simpático cavalheiro de chapéu bem mais elaborado que os femininos chamava as atenções e não se fez rogado para a foto.


Idem idem para as duas aussies que aqui deixo como merecem, apesar dos chapéus triviais. Todavia, chapéus!


Os triciclos de aluguer, mostly conduzidos por raparigas, andaram num virote. A partir do meio da noite há mais rapazes a conduzi-los. E foi também por essa altura que as raparigas de saltos altos começaram a andar descalças, com os sapatos na mão!


Mas nem tudo são rosas. Os três ou quatro aborígenes bêbados pedintes sentados no chão não dignificam um país como este. Como também não é um bom cartão de visita a proibição de venda de bebidas alcoólicas em certas zonas da cidade e só se venderem mediante documento de identidade.
O meu Cartão de Cidadão, apresentado como european id, foi digitalizado na loja onde comprei a garrafa de vinho do jantar. A verdade é que não parece que se ligue muito à proibição. Pelo menos em Darwin, pois à meia noite patrulhas de quatro polícias andavam na rua em atitude de sedativo anti-alcoólico.

O quarto sem casa de banho, mas com janela para largo interior do backpackers hostel, parecendo mesmo por debaixo da minha cama, só me deixou dormir aos bochechos.
Rapazes e raparigas em farta farra arrulharam como gralhas azucrinando-me o sono até às tantas. Alvorada às 5H00, bitola que se repetiu com frequência.
A outra referência que nos acompanhou toda a viagem foram os preços. Tudo muuuuuuiiiittto caro: banana Product of Australia a 13,45 dólares australianos e caneca de cerveja por 6.

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