Porquê 70 e não 18 ou 140!? E porque não um número mais redondo, umas 100 virgens ou mesmo 1000? Já que vão desta para a eternidade, poderiam achar que 70 é parco prémio para tamanho martírio.
As minhas interrogações adensaram-se agora. O livro 1509 – A batalha que mudou o domínio do comércio global, de J. Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas, dá que pensar.
Há lá um sábio que alude às ereções eternas dos eleitos do paraíso. Eterno é o sempre, o nunca mais acabar. Vem-me à baila, coisa de incréu impenitente, o fartar vilanagem. E é aqui que a porca torce o rabo.
Como é que qualquer abençoado por ereção eterna se contenta com um número finito de virgens!?
E aqui começa um enredo conceptual de alto lá com ele! Em catadupa, atropelando-se desabridamente, vêm-me ideias tantas e tão emaranhadas que não sei para que lado me hei-de virar. Para não vos transmitir a minha confusão deixo aqui apenas umas tantas.
Que faz o eterno ereto às virgens depois de as converter? Abandona-as, serão descartáveis? Onde pára a justiça celestial que não lhes permite os seus próprios êxtases, sabido que nem sempre os primeiros acordes são o melhor das partituras.
E depois de convertar as 70 o divino prémio caduca?
E às não virgens estará vedado o paraíso ou não serão suficientemente paradisíacas para um ereto eterno? Não terão estas direito a divinal folguedo?Isto, já para não falar da igualdade em que porfiamos há muito. Uma mínima transposição para o além faria às eleitas do paraíso a justiça da untura eterna. Às virgens e às tarimbadas.
Todavia, essa igualdade no martírio seria um tormento celestial. As tímidas faíscas virginais aos poucos dariam em labaredas bacanais afogando em ais as eternas ereções.E por aqui me fico, que isso já são versículos de outros manuais.
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