quarta-feira, 17 de abril de 2013

A hipocrisia do direito à vida de assassinos



O presidente dos EUA disse, há algumas horas, que os bombistas de Boston sofreriam o peso da justiça.
Que justiça!?
Não sei se o Estado de Massachusetts tem pena capital, mas sei que é a única sanção apropriada para mandantes e executantes de tão cruel crime.

Quem decidiu, organizou e fabricou os mortíferos engenhos foi de uma crueldade imperdoável: para provocar maior sofrimento foram adicionados pregos ao material explosivo.
Assassinos como os que assolaram a América no 11 de Setembro, o português que em 2001 matou 6 concidadãos no Brasil e os que agora mataram e estropiaram dezenas de pessoas não podem invocar o seu próprio direito à vida.
Para travar gente desta a lei deve ser firme, com a pena de morte nos Códigos Penais. É o instrumento a que as sociedades terão de recorrer para fazer justiça, impedir a barbárie e evitar reincidências.

Ao ler isto, muitas almas bradarão aos céus, invocarão os Direitos do Homem e a herança cristã.
Do humanismo cristão nem mais uma palavra, que por ele falam os 3.000.000 (três milhões) de assassínios da inquisição católica, muitos queimados em fogueiras na praça pública!
Quanto ao direito à vida e aos minuciosos procedimentos legais de proteção de criminosos, declarados inocentes até à sentença condenatória, recordemos o fim de Bin Laden.
Sem advogado de defesa nem júri nem julgamento, foi abatido a sangue frio por forças dos EUA e Obama festejou a sua morte. Também nós.

Afinal, qual a diferença entre o assassino Bin Laden e os assassinos de Boston? As suas nacionalidades, o número de mortos, o local do crime!? Nada disso conta: se os EUA deitaram a mão ao antigo aliado panamiano Noriega e foram às águas da Guiné-Bissau capturar um barão local do narcotráfico, podiam ter feito o mesmo a Bin Laden.
Mas não quiseram esse estorvo nas mãos nem criar um mártir que provocaria romarias a uma Meca do terror. Por isso Obama mandou matá-lo sem presunção de inocência, sem advogado e sem julgamento.
Um método contrário à lei, o que é paradoxal. A América das liberdades agiu ilegalmente para libertar a Terra de um dos mais tenebrosos assassinos de sempre.
 
E é exatamente por isso que a pena capital legalmente definida é um imperativo civilizacional. Para que ninguém, presidente americano incluído, possa decidir a morte de quem quer que seja fora dos tribunais.

!!!!!

Sem comentários: