sexta-feira, 12 de abril de 2013

Picha d'oiro


 

Mário Zambujal foi jornalista e escreve livros com capítulos tão agradáveis como roliças crónicas sequenciais.
Habituou-nos, desde a Crónica dos bons malandros à sua pena leve, ao tom descontraído e à autenticidade cativante.
No último, Cafuné – Tropelias do secretário da amiga da aia da rainha, o estilo Zambujal prende-nos às tropelias de um e às hormonas das outras, emolduradas em tempo de invasões francesas.

O picha d'oiro também enrica o novelo. Generoso frequentador de bordel honesto, entra na trama para lhe dar cor e tutelar uma sobrinha que concorre com uma mulata brasileira nas manobras do cafuné.
Confuso!? Nem por isso, caro leitor, estimada leitora, apenas um pequeno incitamento para que largue tudo e vá à procura do livro.

E é também um lamiré às almas mais puritans: mostra como a arte põe picha em pura prosa sem qualquer dor ou remorso.

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