quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Juízes bêbados de caixão à cova

 

Com álcool, o trabalhador pode esquecer as agruras da vida e empenhar-se muito mais considerou o Tribunal da Relação do Porto
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=3353285


É sabido que bêbados não dizem coisa com coisa. Mesmo "juízes". E bêbados bem bebidos pior. Então bêbados que nem um cacho perdem o Norte, fazem tristes figuras.
 
Bom, se os "juízes" encarregados de apreciar o recurso tivessem bebido um copito, coisa pouca, uma garrafita com umas iscas de cebolada, outro galo cantaria. Aduziriam a dúvida superveniente na análise hospitalar ao sangue, invocariam jurisprudência britânica num Port Wine case e enrolavam a coisa, nem se dava por ela.
 
Nem era preciso escarrapachar no acórdão que o motorista é primo da empregada do relator e que já tem trazido ao cetôr umas couves galegas lá da terra, do melhor.
 
Isto para uns copitos. Mas não, os "juízes" enfrascaram-se mesmo. São três, topa-se logo, esta rodada é minha, aquela é tua e eis senão quando, já com a voz embargada, embargadíssima, os desembargadores embargaram o despedimento do alcoolizado motorista.
 
Tal foi a carraspana que no outro dia, vista enevoada e cabeça num oito nem releram a prosa. Tivessem-no feito e aditariam um parágrafo a explicar que moderação é coisa relativa. Tão relativa que os 1,79 gramas por litro do causador do acidente, traçados com uns rodriguinhos jurisdicionais jocandi causa, pesam exatamente os 0,2 do Código da Estrada.
 
Mas a ressaca não lhes deu a clarividência necessária e os portugueses ficaram a saber que três "juízes" pagos a peso de ouro envergonharam a justiça ao fazer um frete sabe-se lá a quem.
 
No dia em que Portugal sair do atual atoleiro ético, demonstrado ipso facto por estes "juízes", serão os três liminarmente despedidos.
 
Enquanto tal não ocorre, a GNR e a PSP devem medir diariamente a alcoolemia dos juízes, impedindo a entrada nos tribunais dos que tenham mais de 0,2 gramas de álcool no sangue.
 
Sim, porque os portugueses querem lucidez na nossa Justiça em vez de tristes figuras a desacreditá-la.

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