segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Espremedela

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O Xico medianeiro
foi do telefone arredado,
no ano do CAOS terceiro,
por eletrão destronado.


Rui Faria sem bravatas
juntou bytes e atalhos
atou amigos a datas,
apontou montes, bugalhos.


Finado num piscar de olhos,
demandou por nova alma
num portal livre de escolhos,
caindo nas graças do Palma.


Chegado à Ning, migrante,
amargou postiço letreiro:
borbulha desintegrante
em vez do CAOS por inteiro.


Portugal utilizado
como abelhuda farpela
e o CAOS menorizado,
é urgente a espremedela.


Até o pobre do burrito,
marca do CAOS sempre à espreita,
foi escorraçado, proscrito:
há que sanar a maleita!
 

Assim que seja espremida,
no portal botando o burro,
a identidade assumida,
restaura-se o CAOS casmurro.


Manuel A. Madeira
20 Outubro 2011

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