quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Porque foge a CGTP à concertação social

Não é preciso matar a cabeça nem ser encartado em sociologia política para perceber a causa da coisa.

É pública e o PC faz gala em divulgá-la. Está aqui:


O PC, consciente da dimensão do seu eleitorado, sabe que só esbracejando se dá por ele. No parlamento tem de jogar um jogo engravatado, mas na rua tem uma máquina oleada, fiel, com um efeito multiplicador de impacto.

Se assinasse, fosse o que fosse de harmonização dos interesses trabalho / capital, perdia as "massas", já que o descontentamento seria abafado, o que potenciaria a acumulação de energia social com potencial explosivo.

Paradoxalmente, também o governo beneficia com a auto exclusão da CGTP dessas negociações. É que as manifestações organizadas pela falsa dupla PC-CGTP, apesar do alarido, são pacíficas. E são muito úteis para sublimar frustrações.

Ora ninguém quer que uma fagulha de desespero e pobreza descambe para motins, que deixariam penosas marcas na sociedade. Basta pensar nos episódios de vandalismo na Grécia.

!!!


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