Perante as contradições, a guerrilha interna patente no Ministério Público, os magistrados a digladiarem-se na praça pública, demonstrativos do desnorte do Procurador Geral e da "confusão" da sua próxima Cândida Almeida, Pinto Monteiro perdeu o pé.
Para que a situação não se degrade ainda mais, para que os portugueses não descreiam ainda mais da justiça e para que acreditem na lisura de investigações de casos de figuras gradas, Pinto Monteiro deve sair de cena.
Apesar de o ainda PGR dizer que os magistrados agiam sem pressões, Lopes da Mota, o magistrado português que preside ao Eurojust, transmitiu aos dois procuradores responsáveis pela investigação do caso Freeport que o ministro da Justiça, Alberto Costa, lhe manifestara as apreensões do primeiro-ministro em relação a esta investigação.
Segundo contou o magistrado do Eurojust aos dois colegas, Alberto Costa revelou-lhe que José Sócrates afirmara que, caso perdesse a maioria absoluta por causa do Freeport, haveria «represálias».
O encontro entre os três magistrados aconteceu há duas semanas, no mesmo dia em que Lopes da Mota também se terá encontrado com Alberto Costa. Os termos usados pelo presidente do Eurojust (órgão do Conselho da Europa que coordena as políticas anti-corrupção) foram considerados por Vítor Magalhães e Paes Faria como formas de «pressão» e disso mesmo deram conta ao Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, na passada segunda-feira.
Lopes da Mota, telefonou para os colegas, defendendo a tese de que no processo só estavam em causa crimes de corrupção para acto lícito e que estes já tinham prescrito, citando, inclusive, páginas e artigos de reputados penalistas. E insistiu no facto de Magalhães e Faria não terem alternativa senão «arquivar» o inquérito. «Estão sozinhos nisto», terá mesmo dito Lopes da Mota, segundo relataram os magistrados ao PGR.http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=131045
sexta-feira, 3 de abril de 2009
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