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Em Portugal isto tem um nome: Para inglês ver. Ou poeira para os olhos. Ou conversa fiada.
Em Angola é uma cortina de fumo carregada de hipocrisia. Eduardo dos Santos tem uma corte por si enriquecida, entregou parte da riqueza de matérias-primas aos generais que decapitaram a Unita e o mantêm no poder e tem uma filha - Isabel dos Santos - em todos os grandes negócios do país.
Ao dizer que “O melhor é comprometermo-nos a uma espécie de tolerância zero [à corrupção] depois do 6º congresso [do partido, marcado para o próximo mês]”, só pode significar três coisas:
- Que já roubaram, ele e os que o rodeiam, o suficiente para faustosas reformas imperiais num qualquer off-shore ético desse mundo da liberdade dos criminosos ricos;
- Que o tráfico de influências vai ter comissões acrescidas para cobrir os encargos suplementares com a camuflagem mais sofisticada do enriquecimento criminoso.
- Que o povo humilde de Angola, os milhares de sem-pernas, os sem-mandioca, os sem assistência médica, vão assistir impotentes à arrogância exibicionista dos seus corruptos concidadãos novos-ricos.
Nota informativa: 30% das compras nas lojas de luxo de Lisboa são feitas por angolanos.
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