terça-feira, 20 de setembro de 2011

Capital mundial da opala


Esta capital é Coober Pedy, uma vilória do Estado de Austrália do Sul, e qualquer australiano me arrepelaria se lesse isto. De facto, por lá qualquer par de casas leva o rótulo de little town e esta localidade tem para aí uns 2000 habitantes!

As concessões de mineração são exclusivo de mineiros individuais, o que explica a grande quantidade de marcas de perfuração. À aproximação os buracos não se vêm, mas são dezenas os montículos e morros de terra próximos da estrada. As máquinas também se avistam ao longe, algumas expelindo jorros de pó esbranquiçado.



De perto só se viu esta experiente máquina, "reformada" num ferro velho.

Pois cidade ou não o nome Coober Pedy significa homens brancos em buracos no chão numa língua aborígene. A explicação acrescenta ainda que muita gente vive em casas subterrâneas por serem mais frescas que as habitações tradicionais acima do solo.
Honrando o nome da terra, também a pernoita foi num subterrâneo, em camarata com alvéolos para dois beliches e quatro hóspedes.



As marcas da escavação do hostel são evidentes, sem qualquer reboco.


Embora subterrâneo, o dormitório tem ar suficiente, vindo por este respirador. Tendo o guia dito que, no passado, havia ajustes de contas com explosivos atirados pelos ventiladores, houve quem, à chegada, fosse ver se este tinha ou não rede anti-bomba!


A loja-museu terá sido mina a sério e tem uma reconstituição à altura de chamariz de turistas.






Ah, falta a última nota de reportagem: o pôr-do-sol e a alvorada ofereceram imagens que não se esquecerão tão cedo.




Afinal ainda não era o último apontamento. Há que dizer que jantámos piza abundante, sem restrições. E estava boa. Pena a caneca de cerveja ter custado seis dólares e meio.


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