Os dois dias de paragem permitiram o giro pela cidade e a visita ao seu parque do deserto, que é um pequeno zoo botânico.
Fica um ténue registo, pois o alojamento é distante da cidade e o último transporte era às 16H00.
Vêem-se muitos aborígenes descalços, pairando na avenida principal, não muito longe do centro comercial e da agência dos seus assuntos, sintoma de marginalização. Não tive coragem de os fotografar, salvo os dois que aqui ficam.
Em geral denotam uma pobreza sui generis. A maioria anda descalça, deambulando pelas ruas e pelos centros comerciais, com parca higiene, roupa degradada e desdentados como muitos portugueses. As crianças, também descalças, são magras e têm manchas castanhas no cabelo, subsistindo a dúvida se será pintura tradicional ou carência nutritiva.
A informação de que, como owners tradicionais da terra, terão royalties de que subsistem e os levam a pouco trabalhar carece de dados mais precisos.
Pelos nossos padrões, Alice Springs é uma cidade de província, embora o seu centro comercial
Woolworths já tenha uma boa dimensão, com supermercado semelhante aos que por cá temos. De resto, a largueza das ruas e a lonjura dos espaços estão estrecortados com decoração urbana simultaneamente cartaz turístico e cultural.
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