quarta-feira, 7 de março de 2012

Coelho cobarde



A CGD bateu o pé e o governo encolheu-se.

Os pilotos da TAP abanaram as asas e o Coelho meteu-se na toca.

A cassete social democrata da salvação nacional através dos cortes salariais vai no pior caminho. O que inicialmente era um imperativo nacional é agora um tapa destapa em que quem tem força faz o "governo" de Coelho mostrar que a não tem.

No caso da TAP até era tão fácil, mas seriam precisas "unhas"! Coragem de pôr os pilotos em sentido, pois além da recusa dos cortes salariais, exigem participar na privatização da companhia. E isto não é sindicalismo, é negócio.

Não é necessário ser um jurista por aí além para saber que tal exigência colide brutalmente com a lei. Os sindicatos não podem comer do bolo da privatização. Mal declarassem greve seria decretada a sua nulidade e quem a fizesse levava com a requisição militar. Permanente, com determinação.

Porque carga de água há-de Coelho dar aos privilegiados pilotos e aos caixeiros o que o mesmo Coelho tira aos outros?

Onde está a igualdade? Onde pára a justiça?  Que é da distribuição equitativa dos sacrifícios?

Esta cobardia de Coelho e do seu governo tem um efeito imediato: a frustração de muitos. E nunca se sabe onde vai desaguar a revolta dos que vão pagar o défice com os seus magros rendimentos.

Mas tem um aspeto positivo: fica-se a conhecer melhor a criatura, um fala-barato!


Note bem: o chico-espertismo do BE também já deu sinal da estirpe dos seus chefões. A desigualdade nos cortes salariais foi agora mesmo abençoada pela boca do anterior chefe parlamentar, o Pureza! Uma esquerda de gente fina...

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