sexta-feira, 9 de abril de 2010

Saúde para todos em Portugal



A média de utentes que recorreram às Urgências do Centro de Saúde de Valença entre as 00:00 e as 08:00 baixou de 3,9 em 2006 para 1,7 em 2009, de acordo com dados oficiais. http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/tvi24-urgencias-valenca-media-diminuiu-afluencia/1153080-4071.html

Durante anos, pessoas sem instrução económica, partidos, sindicatos, comentadores vesgos, aspirantes a um poleiro e várias forças vivas com lógica morta, bradaram economicismo a torto e a direito.

Nem sempre tiveram resposta adequada que demonstrasse que os orçamentos têm todos semelhanças, os das instituições e os de cada um de nós. Cá em casa, nos meses em que se gasta mais já se sabe que no mês ou meses seguintes há que conter a despesa. As famílias que fazem contas, que não vivem penduradas nos familiares, nos amigos ou no crédito, fazem exactamente o mesmo. Os organismos do Estado, para evitar descarrilamentos, têm um quinhão mensal que só podem ultrapassar excepcionalmente.

Tudo isto para concluir que se o Ministério da Saúde pagar a médicos, enfermeiros e outro pessoal para durante oito horas atender menos de duas pessoas está a esbanjar recursos. Se uma consulta demorar meia hora, até mesmo o dobro, vejam bem o que os profissionais dormiam num noite de serviço! Embora pagos para estar acordados e a trabalhar...

Mas as urgências aos doentes de Valença têm de ser garantidas. E não é recambiando-os para Espanha…

Que munícipes agitem bandeiras espanholas para protestar é mau. E logo no Norte, no católico Norte: o que dirão as almas de D. Afonso Henriques e de Nuno Álvares Pereira!!!

Pior do que a população ter esse gesto reaccionário é os autarcas de Valença, Vila Nova, Paredes de Coura, Monção e Melgaço querem acesso ao Hospital de Vigo. A história é longa. Começou com o ministro Correia de Campos a sacudir as parturientes de Elvas para Badajoz.

Portugal tem de garantir assistência médica a todos os seus Cidadãos. É um direito a que não deve fugir nenhum ministro ou ministra. Não pode é mandar doentes para Monção e depois alguns deles voltarem a Valença a caminho de Viana do Castelo. Cheira a habildadezeca de cacique… ou miopia lisboeta.

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