Ilegal!?
O diplomata tem, de certeza, andado sobrecarregado com outros casos. Só isso explica não ter sabido que o PM guineense afirmou, poucos dias após o golpe militar, que a situação estava ultrapassada.
Também não lhe terão transmitido as palavras do ministro da Defesa, Aristides da Silva: “O momento não é de culpar ninguém ou dizer que este ou aquele será responsabilizado”.
Ignorará ainda que o Estado está a "funcionar na plenitude" segundo o presidente Sanhá.
Finalmente, por lamentável falha dos serviços de informação americanos em África, passou-lhe ao lado a ida à Líbia do golpista principal, general António Indjai, em missão de vassalagem a Kadafi.
De que legalidade falaria o diplomata!?
Ter-lhe-á escapado ainda um pormenor irrelevante, uma coisita despicienda, um tudo-nada!
É que só há ilegalidades num sistema legal. Porém, a Guiné-Bissau terá textos com artigos e alíneas e até com nomes de Decreto e Constituição ou Lei e Regulamento, mas ninguém lhes liga: nem o presidente, nem o governo e a tropa insubordinada não liga a ninharias.
Tais peças jurídicas são apenas para inglês ver, ou seja, para dar à “Comunidade internacional” a vaga impressão de que existe Estado e que há sempre alguém para assinar as guias de recebimento de fundos. Nada mais. Na Guiné-Bissau o direito está nos canos das Kalasnikovs, como diria Mao.
Contudo, fique o senhor conselheiro político tranquilo que a “normalidade” chegará quando menos espera. Os próximos golpistas, os que irão derrubar ou matar ou prender os actuais patrões da tropa, esses libertarão aqueles presos. Aguarde um pouco e verá…
!!!!!
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