sábado, 29 de maio de 2010

Tinta placebo

Passou a tarde a olhar o horizonte vazio, melancólica, triste.

Olhou as mãos vazias, dedo a dedo e unha a unha. Triste.

Também triste por não ter tinta vermelha, pintou as unhas a tinta-da-china, de luto. Luto carregado.

Que tinta! Lavou-lha a alma e levou-lhe a melancolia. Que tinta, que placebo!



St Laurent de Cerdans, 27 de Maio de 2010
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