sábado, 25 de junho de 2011

Fundações ensombradas

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Em época de apertos todos têm de apertar, incluindo gente cheia de meias horas que usa displicentemente recursos de todos nós.
Ilegitimamente, pois instalaram-se à conta de tráfico de influências mais ou menos familiares, mais ou menos partidárias, mais ou menos encapotadas.
O caso aqui apresentado é conhecido e reflecte aquela teia, mas é um caso, simbólico embora.
Mário Soares teve um papel importante em Portugal e essa, só por si, é razão para ter uma fundação. Mas uma fundação paga com o seu dinheiro, não com o meu nem com o seu, caro leitor.
Não sei que subsídios recebe a Fundação Mário Soares, mas sei que está aboletada num edifício municipal.


Nesta época de apertos, aperte-se a malha ética: quem quer fundações que as pague! Soares e todos os que usam recursos públicos em vez de as financiarem dos seus anafados bolsos.

A exibição de vaidades privadas à custa de recursos públicos é uma agressão aos milhares de portugueses que já não têm mais furos para apertar. Ensombram a democracia à sombra do que é de todos nós.

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