Em época de apertos todos têm de apertar, incluindo gente cheia de meias horas que usa displicentemente recursos de todos nós.
Ilegitimamente, pois instalaram-se à conta de tráfico de influências mais ou menos familiares, mais ou menos partidárias, mais ou menos encapotadas.
O caso aqui apresentado é conhecido e reflecte aquela teia, mas é um caso, simbólico embora.
Mário Soares teve um papel importante em Portugal e essa, só por si, é razão para ter uma fundação. Mas uma fundação paga com o seu dinheiro, não com o meu nem com o seu, caro leitor.
Não sei que subsídios recebe a Fundação Mário Soares, mas sei que está aboletada num edifício municipal.
A exibição de vaidades privadas à custa de recursos públicos é uma agressão aos milhares de portugueses que já não têm mais furos para apertar. Ensombram a democracia à sombra do que é de todos nós.
----
----
Sem comentários:
Enviar um comentário