É ilusão ótica ou o postilhão foi esfolado?
A carta registada foi registada, dois e quarenta e seis, o
senhor quer recibo? E uma cautela? Há dias de sorte…
Os CTT ainda não foram privatizados, mas a motivação já o
foi. Os seus funcionários funcionam à percentagem. Comissionistas.
A senhora simpática sorriu ao não, mas voltará ao refrão, à
cautela, à comissão, a mais um tostão.
Longe do paralelo, lembra a velha Feira Popular e as barracas do Oh
jeitoso, vai um tirinho?
Aliciava para a espingarda de pressão de ar e talvez mais…
Os telegramas acabaram, o correio em papel caiu a pique e já não há quem telefone da cabine dos correios. Por isso, há que faturar noutras áreas.
São tirinhos mercantis. Sinais do tempos, tempos de reajustamento económico e ajustamento comercial, de oferta global.
E quem vai contra a corrente corre sérios riscos de afogamento. Os CTT querem manter a cabeça fora da linha de água.
É este o preço para termos vales em Alcaria da Serra, cartas em Guadramil e encomendas na Ilha do Corvo.
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