terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O tirinho dos correios

 
É ilusão ótica ou o postilhão foi esfolado?


A carta registada foi registada, dois e quarenta e seis, o senhor quer recibo? E uma cautela? Há dias de sorte…

Os CTT ainda não foram privatizados, mas a motivação já o foi. Os seus funcionários funcionam à percentagem. Comissionistas. 

A senhora simpática sorriu ao não, mas voltará ao refrão, à cautela, à comissão, a mais um tostão. 

Longe do paralelo, lembra a velha Feira Popular e as barracas do Oh jeitoso, vai um tirinho?

Aliciava para a espingarda de pressão de ar e talvez mais… 

O tirinho dos CTT fica-se pela lotaria, pelos livros, postais e telemóveis. Não se fala aqui de selos, que esse é o negócio âncora.
 
Ou era. E por isso mesmo, ainda havemos de ver Certificados de Aforro em saldo, promoções de correio expresso e de encomendas personalizadas em celofane verde e laçarote vermelho. Bilhetes de avião, hotéis em Bali e reparação de computadores, quem sabe, talvez um dia.

Os telegramas acabaram, o correio em papel caiu a pique e já não há quem telefone da cabine dos correios. Por isso, há que faturar noutras áreas. 

São tirinhos mercantis. Sinais do tempos, tempos de reajustamento económico e ajustamento comercial, de oferta global.
 
E quem vai contra a corrente corre sérios riscos de afogamento. Os CTT querem manter a cabeça fora da linha de água.
 
É este o preço para termos vales em Alcaria da Serra, cartas em Guadramil e encomendas na Ilha do Corvo.
 
???
 

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