sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Contra-carneirada eleitoral

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Está quase, pouco falta para decidirmos uma parte do nosso destino, um futuro que não será famoso. Não temos candidatos capazes de liderar Portugal, alguns enleados em tramas pouco honrosas.

De Coelho e Lopes pouco se sabe e se diz, o que não conta muito, pois eles também não contam nesta corrida.

Nobre encheu a AMI de familiares, uma oligarquia com fundo humanitário, pelo que é crível que, sendo eleito, os transferisse para tachos por esse Portugal fora.

Gaba-te, cesto, que vender-te quero, é o refrão de um Cavaco cujos lucros acionistas, amigos e a casa algarvia cairam num tabu sebastianista pouco fiável.

Defensor e Alegre, políticos eternos, mais não fariam que saborear  umas fatias do Orçamento de Estado. O primeiro quer regionalização, o que reciclaria autarcas fartos de munícipes pegajosos. Alega exemplos de países enormes, ignorando piedosamente a nossa geografia.

O outro, o que “ninguém cala” foi o mesmo que, como Secretário de Estado, encerrou o secular jornal diário “O Século”, anunciando-o em mais de uma hora a perorar na RTP, como que a lavar-se por baixo. Só se calou com a reforma da RDP, onde trabalhou uns poucos meses. Alegre, com o oportunismo da casta parlamentar, deu coices a torto e a direito no PS que agora bajula, lambendo-se pelos seus votos.
Estamos mal de candidatos. Porque não temos tomates. Dos podres, para atirar às ventas dos fingidos, dos gananciosos e dos aldrabões.

Mesmo que muitos fossemos presos, Portugal acabaria por se endireitar, pois quantos mais engaiolassem, mais a revolta se soltaria dos sorrisos amarelos, das pantufas e da frustração em surdina.

Mas, mas, mas... votarei. Com raiva, com o voto num inútil!

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