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A criação do Cartão de Cidadão foi um longo e duríssimo debate parlamentar, mesmo antes de o PS estar no governo.
Os socialistas, de que vi António Costa destacar-se, defendiam que um único documento substituia cinco cartões, dentre eles o de eleitor. O PSD, Velho do Restelo, que não, que não queria. Creio que mais por politiquice provinciana!
Mas ele aí está e deve-se ao PS, o mesmo partido que não soube explorá-lo eleitoralmente. Enleada em burocracia ou enredada em burocratas, a verdade é que a administração eleitoral ainda está presa nas malhas na velhinho Cartão de Eleitor. Porque tinha um número, blá blá, mais cartas aos cidadãos ou mais telefonemas para a Freguesia ou, ou, ou...
Certo, certo é que o Cartão de Cidadão não serve para votar. Por mais voltas que os burocratas eleitorais e os seus padrinhos políticos dêem, não é com cartas para casa, nem com a desculpa do seu custo, que se justifica a trapalhada nas últimas eleições.
O CC tem um número de identidade: usem-no. Façam tabelas de conversão dos ainda existentes Cartões de Eleitor ou criem de novo um método e testem-no. Ah, já agora, mandem a nova solução a tempo para as Juntas de Freguesia. E não é preciso mandar em papel: é possível pendurar as freguesias na rede informática eleitoral, sabiam!?
Entretanto, há que correr com maus funcionários eleitorais, os que mandam e que tão mal mandaram.
Se Portugal fosse uma democracia integral (ou íntegra!?) o ministro Rui Pereira tinha caído no dia a seguir à bronca eleitoral. Pelo seu próprio pé.
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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