quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Petardos contra a cidadania ativa


Na última sexta-feira, muito povo se reuniu em Belém, frente à Presidência da República, para lembrar aos políticos que tem uma palavra a dizer sobre o destino de Portugal.

Fica aqui um pequeno retrato das motivações cidadãs nessa chamada vigília.

 

 
 

 


 
 
O dispositivo policial foi imponente e abrangente, desde o jardim até à Calçada da Ajuda, com o acesso ao Pátio dos Bichos fechado ao público. E por aí terá saído a maioria dos membros do Conselho de Estado convocado por Cavaco.

 
 
O forte contingente não impediu, contudo, o lançamento de vários petardos. Mesmo em frente deste destacamento de EIR explodiu uma dezena desses explosivos.
 
 
Uma manifestação, seja protesto ou apelo, reinvidicação ou denúncia, é um gesto pacífico de assunção da cidadania num Portugal livre.
 
Sem tranquilidade, qualquer intervenção política na via pública perde eficácia e reveste-se de caráter de arruaça, reduzindo o seu impacto, podendo mesmo ser usada pelos contestados.
 
Viram do avesso as frases e os cartazes que lhe são dirigidos e convertem petardos em bombas e palavras em agressões. Munidos de assessores de imprensa e consultores de imagem e uma ajudinha de certo jurisconsulto ainda ficam por cima no saldo televisivo. As manifestações tumultuosas até lhes podem dar jeito. Já vimos isso...

Nesta vigília de Belém, depois dos petardos foram atiradas pedras e garrafas e houve quem  explicasse os excessos com o excesso de ingestão dos conteúdos.

 
 

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