Chegam-nos de farda preta e preta boina com labaredas
assustadoras, árvores calcinadas, gado esturricado e pessoas inconsoláveis.
Já nos basta a preta situação; nem precisamos que no-las dêem
de luto carregado!
A farda preta retinta e boina da mesma mórbida cor adotadas
pela Proteção Civil são uma triste evidência de insegurança institucional.
São um perigo para as pessoas que as usam em caso de envolvimento
em ocorrência grave.
De facto, não contrastam com o meio envolvente (então no
meio de matos queimados…) nem chamam a atenção. São um meio de contra-segurança
que nada abona a ANPC, obviamente despojada de autoridade neste sensível
domínio.
Quem encomendou e quem concebeu os uniformes dos
funcionários da Autoridade Nacional de Proteção Civil que nos trazem más
notícias foi indiferente ao nosso padrão cultural que relaciona o preto à
tristeza e ao luto.
Lembram os funerários gatos-pingados em vez de servirem de prevenção e alerta, auxiliares da integridade dos operacionais de proteção.
Se a coisa está preta com tanto incêndio por todo o país, com
estas pretas fardas mais pretos ficam os noticiários.
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