sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Boas práticas principescas


O presidente da Cáritas Portuguesa disse que “a verdadeira refundação do país” exige novos estilos de vida aos portugueses, mas “deve começar por quem aufere salários principescos" ou "construiu ilegitimamente fortunas”. http://www.publico.pt/Sociedade/caritas-exige-novos-estilos-de-vida-a-quem-aufere-salarios-principescos-1572766

Ora aqui está uma sugestão a ter em conta; assim venha também o exemplo de assalariados milionários, como é o caso de inúmeros católicos.
Para enquadrar a declaração Caritas vale a pena ter em conta que esta é uma unidade orgânica da igreja católica apostólica romana.
Por isso mesmo, convém igualmente ter presente um tópico essencial da sua propaganda – a igualdade entre os homens.
Mete-se pelos olhos dentro que não passa de publicidade enganosa. Basta lembrar o senhor que em Roma tem três palácios por conta e seria um respeitadíssimo devoto se vivesse numa casa de três assoalhadas.
Pois é este mesmo caricato exemplo que inspira muitos dos que publicamente aparecem como fervorosos católicos e têm salários "principescos".
Exemplo paradoxal é o do Opus dei Jardim Gonçalves, que, mesmo reformado, recebe do BCP uma "pensão" astronómica. Tão elevada que o próprio banco a quer reduzir.
Ele e tantos outros batem com a mão no peito, juram uma fé intensa, mas exibem uma opulência imensa.

Se levada a peito aquela ideia do presidente, as Boas Práticas da Caritas balizariam os estilos de vida dos "príncipes" católicos. E não deixariam de apontar padrões éticos a esses milionários de credo na boca e vida de nababos.

Se, se, se...

Se essas criaturas estivessem verdadeiramente interessadas na igualdade entre os homens.

Se!
 

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