terça-feira, 27 de novembro de 2012

Uma sólida instituição



Em Portugal tudo serve para o bota abaixo, para denegrir, para lamentar e lamuriar. E agora pior, com a herança do Sócrates e a demolição ideológica dos Relvas & Passos o desencanto é colossal e a autoflagelação atinge dimensões insanas.
Porém, em Angola, é outro o prisma, ali a lei é a lei do abafa.
É abafada a corrupção milionária do Santos, da sua corte e das suas filhas e afilhados, etc., etc., etc. E abafada é a extorsão dos "funcionários" no aeroporto.
Parêntesis O Relvas, lembram-se, foi lá com a RTP lamber as botas ao regime e no fim, mesmo no fim, a Clara Campos Ferreira tocou de raspão no tema e o ministro angolano chutou para canto!? Parêntesis fechado
Pois a senhora inspetora está a ser interrogada pelos próprios pares. Muito provavelmente, o resultado apurado irá ter a um tribunal e um dia se saberá o desenlace.
O que já se sabe é que Portugal, apesar do profundo e legítimo descrédito nos políticos, no Cavaco e no PM, tem uma instituição a investigar uma das suas.
Fosse o crime cometido em Angola e bem podia ser alvo de um abafamento sumário. Para já não falar do que ocorreria na Guiné-Bissau, onde a tropa fandanga assassina, espanca e rouba a seu bel-prazer.
 
Com este quadro comparativo devemos levantar a cabeça ao lembrarmo-nos que ainda há quem aja com verticalidade, cumprindo as suas missões sem olhar a compadres e compadrios.

Segundo parêntesis Um pequeno exercício especulativo: alguém imagina o que seria a Judiciária se o Relvas fosse seu diretor!? Segundo parêntesis fechado

 

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