Alberto João Jardim
foi hoje reeleito presidente do PSD-Madeira nas primeiras eleições directas
disputadas com dois candidatos, tendo obtido 1768 votos, contra 1644 votos do
seu adversário, Miguel Albuquerque, uma diferença de 142 sufrágios. (Lusa)
Durante muitos anos considerado um
obreiro, Jardim foi desmascarado recentemente. O estrangulamento financeiro da
região, a exemplo de todo o país, veio mostrar que a recorrente verborreia
não esconde a sua má gestão.
Fazer obras não chega; sem dinheiro
para pagá-las é de caloteiro. E caloteiro não é pessoa de bem, na vida privada
e na política, muito menos numa instituição regional.
A par da bancarrota a que conduziu a
Madeira, Jardim chantageou frequentemente os órgãos de soberania nacionais, que
não tiveram coragem de responder à altura. Muitas vezes raiou a traição e tanto
o PR como os sucessivos PM assobiaram para o lado, sem dignidade de enfrentar o
energúmeno.
Porém, as suas sucessivas diatribes,
o modo alcoolizado e a popularucha inauguração de alpendres e pontecos cativaram
o segmento cavaco-jardinário. Uma população pouco escolarizada,
ferreamente manipulada e muito dependente da despesa pública foi presa fácil
para as agressivas táticas de Jardim.
Mas o mundo não para, a educação fez
o seu caminho e os olhos abrem-se aos poucos. E o fruto aí está: pela primeira
vez o espalhafatoso barão-mor da Madeira viu o seu fim à vista.
Ainda não foi desta que saiu de cena,
mas este foi um bom sinal para aquelas ilhas e para o país, sinal de nos vermos livres de um
espalha-brasas que nada nos dignifica.
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