sábado, 3 de novembro de 2012

Madeira ainda não se emancipou. Ainda...


 

Alberto João Jardim foi hoje reeleito presidente do PSD-Madeira nas primeiras eleições directas disputadas com dois candidatos, tendo obtido 1768 votos, contra 1644 votos do seu adversário, Miguel Albuquerque, uma diferença de 142 sufrágios. (Lusa)

Durante muitos anos considerado um obreiro, Jardim foi desmascarado recentemente. O estrangulamento financeiro da região, a exemplo de todo o país, veio mostrar que a recorrente verborreia não esconde a sua má gestão.

Fazer obras não chega; sem dinheiro para pagá-las é de caloteiro. E caloteiro não é pessoa de bem, na vida privada e na política, muito menos numa instituição regional.

A par da bancarrota a que conduziu a Madeira, Jardim chantageou frequentemente os órgãos de soberania nacionais, que não tiveram coragem de responder à altura. Muitas vezes raiou a traição e tanto o PR como os sucessivos PM assobiaram para o lado, sem dignidade de enfrentar o energúmeno.

Porém, as suas sucessivas diatribes, o modo alcoolizado e a popularucha inauguração de alpendres e pontecos cativaram o segmento cavaco-jardinário. Uma população pouco escolarizada, ferreamente manipulada e muito dependente da despesa pública foi presa fácil para as agressivas táticas de Jardim.

Mas o mundo não para, a educação fez o seu caminho e os olhos abrem-se aos poucos. E o fruto aí está: pela primeira vez o espalhafatoso barão-mor da Madeira viu o seu fim à vista.

Ainda não foi desta que saiu de cena, mas este foi um bom sinal para aquelas ilhas e para o país, sinal de nos vermos livres de um espalha-brasas que nada nos dignifica.

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