terça-feira, 10 de maio de 2011

PSD agua colégios


A Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo saudou hoje as propostas do PSD para a autonomia das escolas e liberdade de escolha do estabelecimento de ensino pelos pais, seja ele público ou privado. http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=18701

Não há diretor de colégio, dono de colégio e sócio de colégio que não se esteja já a lamber com a notícia, aguado pela previsível fornada de maçaroca.
Entretanto, já se sabe, o Passos vai mudar de opinião mais uma vez. Felizmente, pois Portugal não pode retroceder para o modelo salazarista de educação. Nessa época, descontadas as capitais de distrito, uns poucos tinham colégios e a maioria das crianças ficava-se pela 4ª classe. Os tempos são outros, mas a história é grande mestra.

A escolaridade obrigatória terá começado na Prússia, há 200 anos e quem tem hoje a economia mais sólida? A Alemanha, herdeira prussiana, assim como todos os países com mais antigo e exigente trabalho educativo.
Por outro lado, o abandono escolar atual é dramático, os ciganos não deixam as filhas instruir-se e nas famílias muito frágeis a escola pública é a única guardiã do futuro dos seus meninos. E o país só progride com ensino exigente, de qualidade.

Todos se lembram das universidades privadas envolvidas em negociatas milionárias, do professor dos quatro exames e do diploma domingueiro! Não eram colégios, sabe-se, como se sabe que dinheiro fácil nunca dá frutos sãos.
Muitos colégios têm pergaminhos, é verdade, são responsáveis e exemplares. Mas não custa a crer que a massificação dos subsídios aos colégios privados seria financiar quem não tem as maiores carências.

E da ideia rocambolesca de passar o cheque para a mão das famílias nem é bom falar. Seria um canal que o levaria logo para longe, para muito longe das crianças e jovens. Que ficariam condenadas ao analfabetismo, à desqualificação profissional e à total ausência de sonho.
Levada a sério, a proposta dos sociais democratas amarraria Portugal a uma decadência sem esperança. Disso tenho a certeza, só não sei que bolsos o PSD quer rechear.
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