Roubaram dinheiro dos salários
é título do Correio da Manhã sobre o roubo de uma funcionária que transportava dinheiro para os salários de uma empresa de Vila Verde.
O roubo transporta-me para o artigo do Nicolau Santos no último Expresso. Aí usa termos que nunca lhe li: roubo e esbulho.
Antevê que “entre 2011 e 2013 o governo toma medidas que lhe permitirão confiscar metade do que ganhamos hoje.” Contesta o radicalismo do teórico ministro das Finanças e sugere uma execução mais dilatada e flexível do acordo com a troica.
Apesar da violência doméstica e dos assassínios familiares, apesar da fúria rodoviária e apesar dos roubos diários por todo o país ainda há que diga que somos de brandos costumes.É certo que já não há Carbonária, mas que o Banco Alimentar contra a fome não tem mãos a medir, pelo que não se admire o governo se um dia surgirem atos de desespero.
E com perturbações em crescendo na disciplina de um corpo policial crítico para a segurança interna, também não se sabe onde chegará uma revolta vinda do fundo da alma dos com fome. Fome de comida, fome esperança e fome de vida decente.
Nunca será a voz empastelada de Vitor Gaspar a travar turbas em fúria.
Também não o conseguirão os profissionais de agit-prop do PC, nem os eternos príncipes sindicais cujas cassetes e tachos os desqualificam de qualquer representatividade social.Só espero que o governo e o ministro contabilista caiam em si e Nicolau Santos esteja errado na antevisão da catástrofe.
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