segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Crato, o fingido


Muito antes de ser ministro, enchia a boca de trabalho escolar sério, esgrimia contra a pedagogia do facilitismo e fazia crer que acreditava no que dizia.

Pois o expoente máximo da "exigência pedagógica" tem sido um rato calado na barca dos diplomas contrafeitos, a "universidade" Lusófona.

Ser ministro da Educação, em Portugal, deve implicar mais que conhecimentos, convicções pedagógicas e capacidade mobilizadora dos agentes educativos.

Porém, a objetiva solidariedade de Nuno Crato com o Relvas do canudo flan torna-o num ministro pés de barro, uma criatura indigna para falar ou decidir sobre ensino rigoroso e aprendizagem laboriosa.

Tivesse ele tomado uma posição firme desmascarando as 32 equivalências das 36 cadeiras que o seu colega traficou na Lusófona e outro galo cantaria.

Tivesse ele deliberado uma investigação séria ao simulacro daquela "licenciatura" e doutras do mesmo flan e seria respeitado. Seria Ministro.

Não o fazendo afoga-se na mesma lama que conspurca Passos, Relvas e Cavaco. Finge ser ministro.

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