segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Louçã Sim Louçã Não




João Semedo e Catarina Martins lideram BE
 http://expresso.sapo.pt/joao-semedo-e-catarina-martins-lideram-bloco-de-esquerda=f747502#ixzz23weIU1J3

A saída de Louçã é um marco. Marca a diferença entre os estalinistas que se eternizam à frente dos partidos e o democrata sem reservas.
Constitui ainda uma evidente demarcação de uma pessoa normal relativamente aos funcionários partidários a 100%. Está por isso de parabéns.
O BE é que não fica a ganhar neste negócio bipolar, pois saindo a sua Cara Nº 1, os próximos resultados eleitorais cairão pela certa. Goste-se ou não do seu estilo arrogante, umas vezes razoável e muitas mais demagógico, foi a sua intervenção tonitruante que estruturou o eleitorado bloquista.
Deixa fundações que os herdeiros muito terão de suar para igualar. A começar pelo instável pódio, que terão de desminar, pois a guerrilha lideracional vai instalar-se até à afirmação de uma e só uma pessoa aos comandos do BE. A Ana Drago já disse – Estou aqui!

Os pedestais partidários são vistos pelas cortes e pelo Zé Povinho como monolugar e nem a esperteza saloia da parceria homem mulher desengatilha a armadilha bicéfala montada por Louçã. E o sentimental anúncio de que a ideia foi do falecido Miguel Portas corrobora a fragilidade argumentativa.
Por mais méritos que tenham o mediático João Semedo e a incógnita Cataria – Catarina quê!? – as raízes ideológicas e as fidelidades pessoais vão criar fricções desgastantes. Isto internamente, que pelas bandas do eleitorado é bem pior.
Sabe-se como fracassaram todas as experiências portuguesas pós 25 de Abril de liderança partidária multicabeça.

Baile-lhe ou não na cabeça, fica a ideia de comando remoto.

Sem comentários: