Um responsável da PSP, a propósito a segurança no futebol, disse, recentemente, que o nosso país não é um Estado policial. Fez a afirmação para sustentar a proporcionalidade no uso da força contra energúmenos autointitulados adeptos.
É reconfortante saber que a polícia portuguesa tem a noção dos limites à sua própria intervenção.
Porém, é dececionante que a mesma polícia assista passivamente à repetição de degradantes tumultos sem que leve à justiça os autores de tais crimes. É inadmissível que os estádios estejam convertidos em palco de cenas de pancadaria e destruição de equipamentos. E é incompreensível que não sejam usados meios mais sofisticados que as cargas de bastonada para pôr um ponto final nestes crimes recorrentes.
Para quando as câmaras de vigilância – fixas e portáteis – que permitam perseguir judicialmente todos os que perturbam a ordem pública e destroem materiais nestes espetáculos!?
Pior que o anacronismo tático policial é a tolerância dos juízes para com os arruaceiros presos. Quando começam os tribunais a sancioná-los com firmeza digna de Estado de direito?
Enquanto as polícias não prenderem estes provocadores e a justiça não lhes der corretivos adequados, o Estado falha na segurança de pessoas e bens que lhe compete proteger.
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