Nos dias mais soalheiros,
com leviandade excessiva,
há incautos caminheirosamargando em carne viva.
De calções e em alcinhas,
cada qual o mais afoito,galegos e alfacinhas,
a pele feita num oito.
Bom protetor rejeitando,
usam bisnagas, besuntos.Com mil desculpas lutando,
lambuzam braços, presuntos.
Enjeitam o velho algodão
e nem com novos tecidosse esquivam à dor, ao escaldão:
querem sofrer, destemidos.
As mangas até ao punho
e calças com caneleirasão provado testemunho
de proteção caminheira.
O andarilho equipado
com roupa solta, folgada,
o corpo todo tapado,tem a saúde afagada.
O chapéu, como cereja,
encima farda vistosa:muito resguarda e areja
com aba larga amistosa.
Manuel A. Madeira
13 de Julho de 2011
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