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De tudo isto e muito mais os portugueses têm conhecimento através dos jornais, das rádios e das televisões. E não é preciso seguir o futebol de perto para já ter visto intoleráveis cenas de violência entre “adeptos”.
Entretanto, a PSP organizou o seminário "Estádios de Sítio" sobre violência no desporto, onde a Procuradora Geral Adjunta, Maria José Morgado, atribuiu as causas do descalabro ao incumprimento da lei. O que é óbvio.
O próprio Director Nacional da PSP foi na mesma linha da magistrada, justificou os desacatos e o vandalismo reinantes com a indiferença pelas normas e dispositivos legais. Não podia ser mais claro nem mais factual.
A propósito do encontro e no mesmo dia, uma televisão mostrou, num estádio, um celerado a saltar sobre um polícia para o agredir a pontapé.
Só não vê este degradante estado de coisas quem não quer. Contudo, foi o que fez o ainda PGR Pinto Monteiro, ao afirmar, com um sorriso amarelo, no fim daquele "Estádios de Sítio" que se cumpria a lei. Finge não ver a criminalidade e nada faz para extirpar esta doença de que padecemos há vários anos.
Senhor Primeiro Ministro
Portugal tem de impedir energúmenos de agredirem pessoas e destruírem bens públicos e privados, em quaisquer modalidades, em especial no futebol, o mais martirizado pela violência impune.
Face à inconsequente ligeireza com que Pinto Monteiro abordou o generalizado desrespeito pela lei nos eventos futebolísticos, está e irreversivelmente ferido de incapacidade de cumprir a missão de PGR.
O seu alheamento é insustentável, pois é o responsável máximo pela legalidade democrática no nosso país, é bom lembrar.
Assim, como condição sine qua non para a restauração da ordem pública nos eventos desportivos em Portugal, apelo a que demita imediatamente o senhor Pinto Monteiro do cargo de Procurador Geral da República.
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