A propaganda encheu a Avenida da Liberdade, em Lisboa, no dia 18 do mês passado. Obséquio municipal a Belmiro de Azevedo em nome da produção nacional e no afã deste acrescentar valor para o acionista.
Verdura a perder de vista em canteiros alinhados e regados, espinafres e meloal, morangos, pepinos e beringelas, cenouras enfileiradas, não faltando salsa e coentros.
Mais acima, porcos e bacorinhos, vacas melancólicas e galos emproados, perus de monco caído e cabras engravatadas.
Tudo à mistura com alfaias das mais modernas ao lado do histórico trator Porsche e das carroças para passear meninos e matar saudades aos avós.
As mulas engalanadas com mulins domingueiros e os almocreves com barba à século 19 e botas de salto de prateleira eram acessórios a ombrear com os sempre magnéticos gira sóis.
Meia Lisboa e arredores foi espreitar o
Mas alhos, alhos portugueses no português Continente, viste-os!
Apesar do enganador código 560, só lá estão alhos chineses, espanhóis e também os Made in Egypt.
Curiosamente, os melões portugueses e os tomates portugueses começaram a aparecer há muito pouco tempo*.
Assim, enquanto faltarem temperos portugueses, Belmiro de Azevedo tem o picnicão muito mal condimentado.
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* saber de quotidianas compras feito.
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Curiosamente, os melões portugueses e os tomates portugueses começaram a aparecer há muito pouco tempo*.
Assim, enquanto faltarem temperos portugueses, Belmiro de Azevedo tem o picnicão muito mal condimentado.
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* saber de quotidianas compras feito.
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