sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O meu medo egípcio

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Ao ver no Destak um grupo de homens em postura rezante, no Cairo, tive um baque. Se é para isso que se encaminha o Egito, até a ditadura de Mubarak há de parecer benévola.


No Irão, quando a clique auto declarada como temente de Deus tomou o poder, assassinou milhares de pessoas nos setores de maior vitalidade, para inibir quem se lhes opusesse. E vedou profissões às mulheres, além de as converter em escravas das suas próprias familiares.

Se os Irmãos Muçulmanos não forem travados, usarão, cinicamente e em seu benefício, a energia dos que combatem o regime. E as pedras que estes agora atiram, como as que se vêm na imagem, converter se ão em pregações com que o zé povinho será espezinhado pelo fundamentalismo islâmico.

Seja qual for a destino da revolução, o direito de ter ou não ter religião, de a praticar mais ou menos e de assumir publicamente essas convicções, será a sua marca indelével.

Se estes princípios não forem consagrados e verdadeiramente respeitados, o Egito continuará nas garras de algozes. Tenham o nome que tiverem e com o apoio de Obama ou sem ele.

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