segunda-feira, 14 de março de 2011

Dicotomia do preconceito a Preto e Branco

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Branco é usado com a maior das naturalidades; preto é ofensa!!!

Embora palavras para cores, comportam, em certas cabeças, duas visões diametralmente opostas. Para uns, é o meu caso, são apenas modos referenciadores. Falo dos meus amigos pretos com a mesma neutralidade com que lembro a herança visigótica da nossa gente loira.

Também apreciava a forma desempoeirada com que Samora Machel dizia brancos e pretos sem se sentir beliscado nem magoar fosse quem fosse.

Pelo contrário, vejo azedume em quem quer rasurar a história e a sua negra mancha esclavagista com pruridos terminológicos. Então os americanos, são de um exagero, de um radicalismo doentio. E, como império, transferem esses engulhos para meio mundo, onde há sempre almas sofridas ansiosas por perdões humanitários.

O tráfico de escravos é tão pouco honroso para brancos negociantes de pessoas como para os pretos que as caçavam, no meio do mato, e as vendiam como gado.

Pretos e brancos, ambos negreiros, deixaram uma deplorável marca na história. Tão cruel que há quem a queira branquear com anacrónicos enfeites retóricos.

Inúteis, pois o que conta é a dignidade. De pretos e de brancos..
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Declaração Universal dos Direitos do Homem

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.aspx?LangID=por

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