António Champalimaud fez fortuna amparado pelo condicionamento industrial salazarista e foi fustigado quando vendeu um banco a espanhóis.
Redimiu-se deixando milhões em testamento para a Fundação Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud (seus pais). Uma ideia louvável desta instituição foi a da criação de um "centro de investigação científica multidisciplinar, translacional e de referência no campo da biomedicina". É o Centro de Investigação para o Desconhecido.
Pois a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, em tempos figura de proa do PSD de Cavaco Silva, coloca no seu frontispício esta marca provinciana:
Pois o Centro tem de ser conhecido em todo o mundo e o mundo científico fala inglês. Isto é tão verdade como as grandes casas científicas se afirmarem pelos resultados e não pelas etiquetas que colam nos seus portões.
Ao serem reconhecidas pelos trabalhos científicos e tecnológicos, todo o mundo as identifica, mesmo com placas em russo, chinês ou catalão à entrada. Quando quem lá manda tem sentido de história pátria, gosta do seu país e da sua língua.
Não parece ser o caso de Leonor Beleza, que desprezou o português.
De resto, o edifício é imponente, pelo que Formigarras aqui trará algumas das suas curiosas perspetivas.