quarta-feira, 16 de março de 2011

Geração pedincha patrão

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O dia 12 de Março foi de esperança, esperança fugaz, desvanecida logo que a ideia da política digna foi usada pelos partidos.

Pareceu, de longe, que quem lançou a manifestação queria autenticidade cidadã. Mas rapidamente foram deglutidos: convertidos ou seduzidos. Os próprios se meteram na boca do lobo. Ouvi de Jerónimo de Sousa que o PC tinha sido convidado.

E da manifestação apenas retive a procura de emprego, a segurança laboral, frases feitas a lembrar as encenações sindicais do PC e do BE. Ideologia zero!


Os promotores poderão estar agora em reflexão, analisando quem é quem, contando espingardas e a pensar no que fazer com elas. Se assim for, não é mau, esperamos a boa nova. Desde que não se fiquem pelo caderno reinvindicativo ao governo e ao patronato, que disso já aqueles partidos nos fartaram.

Sem uma definição estruturada da ambição, sem um elenco de temas fortes e sem uma cara, o grito de revolta que aplaudi será mais um cravo murcho. Em vez de um projeto de sociedade assente num irrepreensível padrão ético.

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