quinta-feira, 3 de março de 2011

Não se ouve, mas cheira a descasca

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Repare bem na cara de Sócrates, comprometido, e diga lá o leitor se não tem a expressão de um adolescente apanhado na curva e a levar uma descompostura!?



Só políticos aguentam isto, mas, neste caso, que aguente, pois foi ele e o seu governo a meterem-nos no atoleiro.

De repente, o défice que o seu primeiro governo herdou teve como que cura instantânea. Por obra e graça da presciência governativa o descoberto de 3% do PIB estava ao nosso alcance. Foi o que nos fez crer...

Depois, veio a crise e toca de atirar para lá dinheiro, e algum teria de ser aplicado a título de SOS, embora nalguns casos tenha havido exagero nos apoios. Foi o caso dos bancos, em particular daquele nacionalizado, verdadeiro saco sem fundo.

E noutra vertigem, o défice disparou e demos por nós num vespeiro, pois a nossas contas retraíram os especuladores (investidores na linguagem oficial e jornalística).

E lá foi ontem o nosso PM a Berlim, a pedir batatinhas e a trazer escaldões, de que esta imagem será a ponta do iceberg.

Reconheça-se, contudo, a sua lata em fazer ricochete. Respondendo a um jornalista, não é que invocou os nossos longos séculos de história para dizer que não há subserviência com os parceiros europeus (leia-se Merkl, que acabara de o zurzir!)...

Autêntico Sebastião José... de Carvalho e Melo!

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