terça-feira, 13 de julho de 2010

Pais postiços

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Está na berra uma história de cordel da criança cujo pai disse ser uma alegria revê-lo em férias.

Não duvido. Ninguém duvida.

Há muitos, muitos anos, li que uma figura pública, um figurão espanhol, também gostava muito dos filhos. A tal ponto que reservava sempre meia hora por dia par estar com eles.

Também não havia dúvidas deste amor à hora.

Como as não há dos ainda milhares de pais, pais homens, entenda-se, que dizem gostar muito dos seus rebentos, salvo de tratar deles. Saboreiam-lhes as gracinhas, mas são as Mães que cuidam deles, que os formam, com tudo o que isso significa de ternura, esforço, sustos e cheiros. Estes são pais postiços; não fazem a parte deles.

As coisas continuam a mudar e este universo protésico extinguir-se-á um dia.

Infelizmente para o dito bebé, também se extinguirão intermitentemente os dias de companhia daquele pai de férias. Alguém duvida!?

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