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Profetisa, autoridade,
perita certificada,
só ela atesta bondade,
todavia equivocada…
Tem um dedo incorrigível,
casca a torto e a direito,
dona de causa intangível,
serrazina sempre a eito.
Sem canudo é iletrado,
diz, de nariz retorcido,
zurzindo no consagrado
e no outro escarnecido.
Censura velha trocada,
mesmo por gaja bem boa.
Sua alma envinagrada
nem o amor abençoa.
O bom clero das alminhas,
cintilante quimera sua,
são bodes entre ovelhinhas,
sedentos de carne crua.
Bruxa não é certamente
nem abelhuda toldada,
muito menos cartomante,
talvez doçura azedada…
Ou pitonisa nutrida
com cardos e com poejos,
de geração bem ungida
por duendes benfazejos!
Manuel A. Madeira
16 de Julho de 2010
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terça-feira, 20 de julho de 2010
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