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Rimando jogo pedrinhas
e atiro alguns abraços,
dou beijinhos às gordinhas
e atormento os madraços.
Também belisco magrinhas
em trovas envinagradas,
saúdo amigos lingrinhas
e festejo jantaradas.
Faço quadras quando calha
e, à míngua de inspiração,
tapo com tinto da talha
moléstias na rimação.
São versos contra-corrente,
pedem cante à desgarrada,
não fadinho decadente
de gentinha amargurada.
Falam de coisas da vida,
da fortuna, dos quebrantos,
e daquela vez de fugida
que lembra certos encantos.
Faço quadras descuidadas,
sem as musas de Junqueiro,
são em Aleixo inspiradas.
Confesso, sou quadrilheiro!
Manuel A. Madeira
18 de Maio de 2010
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quarta-feira, 14 de julho de 2010
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